O Movimento Diocesano dos Cursilhos de Cristandade, realizou, no passado dia 03 de junho às 21,15h no Centro Paulo VI a última sessão de Escola, com o tema “Globalização-Perigos e desafios para a Igreja”, em que foi palestrante o professou e investigador, Doutor Gonçalo Marques.
O Doutor Gonçalo Marques, começou a sua intervenção citando a mensagem do nosso Bispo D. João Lavrador para nos 50 anos do 25 de Abril, passando em seguida a debruçar-se sobre o livro de Anselmo Borges sobre “a ferida da solidão”, considerando que a ferida da solidão é ausência de Deus.
A juventude de hoje segue as influências das redes sociais; falou de uma Igreja historicamente resiliente que continua bem viva. Roma onde os cristãos foram sacrificados, havia de ser a cidade dos cristãos, falou do Apocalipse de S. João para referir: é sempre importante agarrarmo-nos á esperança, a Igreja através dos séculos foi sempre capaz de vencer as dificuldades e cisões e citou S. Tomaz de Aquino e o Papa Bento XVI na sua dissertação sobre “recordações e reflexões e a universalidade e razão”. ´
O Palestrante falou-nos das tensões na história da Igreja no mundo e em Portugal, entre outros no tempo do Marquês de Pombal, deu uma panorâmica da distribuição das várias religiões a nível mundial, nos vários continentes. Apontou-nos os desafios de hoje para a Igreja e apresentou-nos um Cruxifixo de 2018 sobre as experiencias religiosas dos jovens, concluindo que há hoje nos jovens uma busca pela Espiritualidade.
Falou-nos da Jornada Mundial da juventude e do muito que ela trouxe para a renovação da Igreja em Portugal e no mundo, junto dos jovens e referiu a afirmação do Papa Francisco “todos, todos, todos” e da afirmação em Fátima: “temos Mãe. Referiu que um estudo de 2022, sobre a qualidade de vida, refere que os países cristãos são os mais felizes.
No que se refere a uma quebra notória da frequência às Igrejas, na opinião do palestrante isso deve-se á quebra da espiritualidade, ao contrário da Europa, no Sul Global o cristianismo cresce e a Espiritualidade não é aborrecida; Saudou o facto esta palestra ter uma sala cheia e referiu: Nós estamos a necessitar de encontros de diálogo, de redescobrirmos a Espiritualidade nesses encontros comunitários, tendo em conta a regra de S. Bento – receber o hóspede como se fosse o próprio Cristo. E terminou afirmando: somos gente de esperança e a questão demográfica é também um factor que leva á queda da prática religiosa.
José Borlido