Escrito por José Borlido

2018 03 05 00004Com o Tema: «Beato Paulo VI e o espírito da Vaticano II, como referência para a identidade da Igreja Diocesana»; realizou-se no dia 05 de março, pelas 21,15 horas, no Centro Paulo VI em Darque, a 9ª. Sessão de Escola do MCC, em que foi palestrante o Sr. Padre: Vasco António da Cruz Gonçalves, da Paróquia de Monserrate, do Arciprestado de Viana do Castelo.

O palestrante começou por fazer uma síntese da biografia de Paulo VI, beatificado e 19-10-2014, referindo que o Concílio Vaticano II, levou à autocompreensão Eclesial e definiu quatro grandes pilares da Igreja: A “Lúmen Gentium” «propõe a renovação da Igreja: A “Gaudium et Spes” – o ser e o agir da Igreja «propõe a renovação da presença e missão da Igreja no mundo: a “Dei Verbum”, a palavra de Deus - a Bíblia volta a ser colocada no centro da vida dos católicos: A “Sacrosanctum Concilium” «a renovação da Liturgia.

O Concílio apresenta a Igreja como uma realidade visível e simultaneamente invisível, humana e divina e o instrumento da íntima união com Deus. A Igreja em Cristo é o Sacramento, ou Sinal e o instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o género humano.

Corpo Místico de Cristo - todos ligados na harmonia perfeita. Povos de Deus: O tema povo de Deus á apresentado antes de ouro tema (Bispos, Leigos, religiosos; que tal modificação trará toda uma nova abordagem e compreensão eclesiológica e nos obriga a pensar a ação eclesial de maneira nova.

Vocação universal à Santidade: O Baptismo é a origem do chamamento à santidade; o capítulo V da Constituição dogmática “Lúmen Gentium”, refere a «vocação universal à santidade»

Comum dignidade Baptismal dos Cristãos – o reconhecimento da dignidade Baptismal de todos os Batizados leigos, constitui uma das afirmações maiores «cada homem e mulher vive com paixão a sua vida de cada dia» O valor e a grandeza do cristão não está nas coisas grandes que faz mas nas ações simples ou grandes do seu serviço eclesial.

Os leigos na Igreja e no mundo: a questão dos leigos «as reflexões Conciliares vão afirmando a visão da Igreja que reconhece a dignidade e vocação dos leigos, e declara que sem eles, nada seria possível. O Concílio Vaticano II dedicou dois textos específicos no capítulo IV da “Lúmen Gentium” e o decreto solene o apostolado dos leigos «Apostolicam Actuositatem». Os leigos vivem a sua pertença a Deus, a partir do dom do Baptismo nas condições ordinárias da vida familiar, profissional, social, civil e política.

Os leigos procuram o Reino de Deus, tratando as realidades temporais e ordenando-as segundo Deus, dentro da vida de cada um, constituindo como um fermento, contribuindo para a santificação do mundo.

O apostolado dos Leigos, reveste-se de uma importância significativa na vida e missão da Igreja, com igual dignidade e diversidade de funções.

Sinais dos tempos: Outro importante factor emanado do Concílio Vaticano II é a nova atenção á realidade, o que leva a Igreja a aprofundar o seu diálogo com o mundo possibilitar que novas abordagens no campo Teológico.

Desde o início o Concílio Vaticano II esteve marcado pela escuta atenta dos «Sinais do Tempos» e isso significou valorizar a nossa história como lugar de manifestação do Plano de Deus e das Suas intervenções. A Igreja atenta às vicissitudes do mundo moderno, inserida na atualidade, está aberta ao diálogo.

O Ecumenismo é a busca de unidade das Igrejas «O Concílio trouxe grandes esperanças para a promoção do diálogo ecuménico.

Este breve resumo de um trabalho profundo, desenvolvido pelo palestrante Sr Padre Vasco Gonçalves; deixa bem patente a importância do Concílio Vaticano II na renovação da Igreja de Cristo, e do papel que os Cristãos Leigos adquiriram da sua missão na Igreja e no mundo.

Está ao alcance de todos aprofundar estes conhecimentos lendo “pausadamente” o Concílio Vaticano II, descobrindo, ou redescobrindo nele o desejo de uma Igreja renovada, na fidelidade a Cristo Jesus.

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