Escrito por José Borlido

13sessaoescola1A última Sessão de Escola de Dirigentes do Ano Pastoral 2016/2017, realizou-se a 22 de Maio, esteve a cargo do Joaquim Carlos Almeida Miguelote de Castro, da paróquia de Carreço e membro do Secretariado Diocesano MCC, que nos falou sobre o tema “Educar na família na prespectiva da “Amoris Laetitia”.

Desenvolvendo a sua reflexão em torno do capítulo VII da Exortação Apostólica do Papa Francisco “Amoris Laetitia” “Reforçar a Educação dos Filhos” o trabalho apresentado foi muito enriquecido pelo seu testemunho de vida e pela sua condição de pai e catequista na sua Paróquia.

Carlos Miguelote, começou por nos questionar com palavras do Papa Francisco “Onde estão os vossos filhos”? Levando-nos a refletir na procura de compreender; onde os nossos filhos estão verdadeiramente no seu caminho;

Mas não só no seu caminho físico; mas no seu percurso de fé e procurando saber onde está a sua alma.

A família deve e tem de ser … lugar de apoio, acompanhamento e guia para os filhos.

Os pais devem orientar e alertar as crianças e adolescentes para os perigos do dia-a-dia na sociedade de hoje.

Devemos educar dando liberdade de acção aos nosso filhos para estejam preparados para enfrentarem as suas próprias dificuldades e não entrarem em pânico quando surge uma contrariedade no seu dia-a-dia.

“A obsessão não é educativa”

Não queiramos possuir os nossos filhos, demos-lhe liberdade de errar para apreenderem com os seus próprios erros, como nos recomenda o Papa Francisco.

  • A liberdade é um dom e não uma posse, mesmo tratando-se dos nossos filhos.
  • Tudo que na vida queremos possuir já o predemos
  • Um objecto, uma pessoa, um afecto, um Amor – exatamente pelo facto de o querermos possuir; já não é nosso…

O que importante é acima de tudo gerir um filho com muito amor no seu processo de amadurecimento integral de cultivo da sua autêntica autonomia; só assim um filho terá em si mesmo os elementos de que precisa para se saber defender com inteligência e cautela em circunstâncias difíceis.

É importante estar-mos atentos aos nossos filhos, ás suas dificuldades, aos seus problemas, que advém do seu normal crescimento no mundo de hoje.

“A comunicação social”

Ninguém tem dúvidas hoje da grande influência que os meios de comunicação exercem uma sobre nós e os nossos filhos, pois não vivemos isolados no mundo.

A diferença é que quando se tem conhecimento das questões conseguimos filtrar com mais facilidade o que os meios de comunicação nos apresentam, porque eles muitas vezes nos apresentam coisas más;

Mas acima de tudo temos de encontrar o que nos trazem de bom e de positivo para o nosso dia-a-dia.

“A vida familiar como contexto educativo”

É muito importante a vida familiar no contexto educativo, pois aí se pode apreender também a discernir criticamente as massagens que os meios de comunicação social nos dão e que podem deturpar a realidade.

  • Devemos ter presente uma educação que ensine para um percurso pelas diversas expressões do amor, cuidado mútuo; a ternura respeitosa e comunicação rica de sentido.
  • Só assim os jovens atingem a maturidade, os valores, o compromisso mútuo e os objectivos próprios do matrimónio

Transmissão da fé

  • A educação dos filhos deve estar marcada por um percurso de transmissão da fé.
  • Os pais, que querem acompanhar a fé dos seus filhos, estão atentos às suas mudanças, porque sabem que a experiência espiritual não se impõe, mas propõe-se”
  • “Os momentos de oração em família e as expressões da piedade popular podem ter mais força evangelizadora do que todas as catequeses e todos os discursos.”
  • É fundamental que os filhos se apercebam que a Oração é realmente importante para os seus pais;
  • Devemos levar os nossos filhos a criar hábitos de oração.

Toda a vida da família é um “pastoreio” Misericordioso, onde cada um cuidadosamente, desenha e escreve na vida do outro.

Veja aqui as fotografias deste evento.