Mensagem da Carta Encíclica “Laudato Sí” do Papa Francisco pelo Professor José Luís Carvalhido da Ponte
Teve lugar no passado dia 20 de fevereiro, no Centro Paulo VI a 8ª. Sessão de Escola de Dirigentes do MCC com o tema - Mensagem da Carta Encíclica “Laudato Sí” do Papa Francisco, apresentada pela Professor José Luís Carvalhido da Ponte, da Meadela.
O professor José Luís trouxe-nos uma síntese dos vários Capítulos desta oportuníssima Carta Encíclica do Papa Francisco, destacando desde logo a sua importância num mundo cada vez mais virado para o consumismo, sem se preocupar com o futuro do nosso planeta a que o Santo Padre, chama com equidade “ A NOSSA CASA COMUM”, deixando-nos a curiosidade de aprofundar-mos os nossos conhecimentos lendo demoradamente a “Laudato Sí” procurando assimilar a riqueza a sua mensagem.
Da reflexão apresentada deixamos alguns excertos que refletem bem o entusiasmo com que o tema foi apresentado.
O Professor José Luís começou por referir que o objetivo desta reflexão é o de nos sensibilizar-mos todos para o facto fazermos parte de “uma casa comum” o que pressupõem a disposição de mudarmos o nosso comportamento perante a ecologia global do nosso mundo.
Esta carta Encíclica desafia-nos essa mudança e para isso eu tenho que me interrogar; Eu creio nessa mudança e na necessidade de um ambiente mais saudável? Temos consciência de que quando agredimos o ambiente estamos a agredir os outros?
A nossa casa comum como nos dizia S. Francisco de Assis é una e indivisível incluindo entre outras coisas o ambiente, a vida, a sexualidade e a família.
Um crime contra a natureza é um crime contra nós mesmos e contra Deus, temos que nos interrogar e questionarmos-mos: Quem somos? De onde vimos? para onde Vamos? – Adão onde estás? Humanidade onde estás? O que fazes?
Caim, onde está o teu irmão? As lutas fratricidas dos homens estão aqui nestas perguntas a Caim – onde está o teu irmão? Era suposto eu saber! Está por aí!
A ecologia é o estudo da relação entre seres, para a qual estamos particularmente desatentos, porque vivemos a cultura do descarte; é necessário enfrentar a proposta de um novo estilo de vida, é preciso proteger a criação – tudo que existe.
Detendo-se um pouco mais sobre o primeiro capítulo da Carta Encíclica o Professor José Luis, começou por referir: temos consciência da falta de um bem essencial como de água, particularmente nos países de África – onde sabemos existe muita falta de água potável e limpa; O acesso á água é um direito universal de todos os cidadãos.
Quando os seres humanos destroem a biodiversidade na criação de Deus; quando comprometem a integridade da terra e contribuem para a mudança climática desnudando a terra das suas florestas naturais ou destruindo as suas zonas húmidas e quando os seres humanos contaminam as águas, o solo, o ar... Tudo isso é pecado».
Quando perdi algo a que tenho direito, perdi a minha dignidade.
Quando nós agredimos a natureza, estamos a prejudicar os mais pobres, como nos diz o Papa Francisco.
É pois necessário uma mudança nos hábitos de consumo e de políticas e de entre elas a de reflorestação das florestas, temos que privilegiar a ecologia e o bem-estar das gerações futuras em detrimento do lucro fácil com a plantação de espécies que degradam o meio ambiente “subsolo”, mas tem um crescimento rápido e lucrativo, em detrimento de espécies que preservam o ambiente e são mais resistentes aos incêndios, mas de crescimento lento.
É necessário educar para um homem novo, para um mundo novo, para a defesa “NOSSA CASA COMUM”, começando pela nossa conversão interior a favor de uma gratidão e gratuitidade perante um mundo que nos foi dado por Deus, guardando-nos uns aos outros.
Quando nos damos conta do reflexo de Deus em tudo o que existe, o coração experimenta o desejo de adorar o Senhor por todas as suas criaturas e juntamente com elas, como se vê neste bonito cântico de São Francisco de Assis, com que termina este breve resumo da reflexão apresentada:
«Louvado sejas, meu Senhor,
com todas as tuas criaturas,
especialmente o meu senhor irmão sol,
o qual faz o dia e por ele nos alumia.
E ele é belo e radiante com grande esplendor:
de Ti, Altíssimo, nos dá ele a imagem.
Louvado sejas, meu Senhor,
pela irmã lua e pelas estrelas,
que no céu formaste claras, preciosas e belas.
Louvado sejas, meu Senhor, pelo irmão vento
pelo ar, pela nuvem, pelo sereno, e todo o tempo,
com o qual, às tuas criaturas, dás o sustento.
Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã água,
que é tão útil e humilde, e preciosa e casta.
Louvado sejas, meu Senhor, pelo irmão fogo,
pelo qual iluminas a noite:
ele é belo e alegre, vigoroso e forte».