Escrito por José Borlido

Escola PNunoRealizou-se no passado dia 06 de fevereiro mais uma Sessão da Escola de Dirigentes do Movimento dos Cursilhos de Cristandade da nossa Diocese, cujo tema foi “Ordem e Matrimónio ao Serviço da Comunhão” tendo sido palestrante o Reverendo Padre Nuno Santos, novo Arcipreste de Viana do Castelo e pároco de Perre e Outeiro.

Padre Nuno começou por referir que os Sacramentos de Serviço são para a nossa santificação mas também para a santificação dos outros, fazendo em seguida um resumo dos vários aspetos da ordenação dos Diáconos e Presbíteros, referindo que a função de um presbítero (padre) é realizada em nome e memória de Cristo Ressuscitado, sendo o que Presbiterado é para toda a vida, mesmo que requeira a sua dispensa e lhe seja concedida, pois o Sacramento da Ordem é recebido para toda a vida, tal com o sacramento do Baptismo; o Sacramento da Ordem é uma Graça de deus, não para o próprio sacerdote, mas para os outros.

Tal como os Leigos, também o Sacerdote deve pugnar pela sua formação pois, só assim poderá acompanhar as transformações que se vão operando, quer na sociedade, quer na própria Igreja.

Os Leigos vivem um sacerdócio comum, no qual todos fomos instituídos pelo Baptismo, que lhes confiou a tarefa de evangelizar e no caso dos Cursilhistas de um modo particular nos seus ambientes, a começar naturalmente pela família.

Relativamente ao Sacramento do Matrimónio, Padre Nuno, começou por referir que está em crise porque a maioria dos jovens não acredita no Sacramento do Matrimónio que consagra a união para toda a vida.

Como todos sabemos há muitas formas de viverem esta união, como são as “uniões de facto”, o casamento civil, sem a celebração do Sacramento do Matrimónio o que não os vincula para toda a vida e não querem o Matrimónio que consagra a união para toda a vida.

O casamento é uma vocação; se o casal não tiver a capacidade de tolerância e perdão, não serve para casar e se assim não for o casamento torna-se numa fraude; O casamento não pode ser um contrato a prazo, por uns meses ou por uns anos, é para toda a vida e isso hoje atemoriza muitos jovens.

Quando pensamos apenas no nosso ego, não temos capacidade de celebrar um casamento assente na fidelidade, na tolerância, respeito mútuo, muito perdão e amor.

Os jovens que celebram o Matrimónio, fazem-no porque acreditam no amor e na graça de Deus, querem a bênção de Deus para a sua vida de casal e acreditam no casamento para toda a vida; Não separe o homem o que Deus uniu.

O Matrimónio deve ser preparado, principalmente através do namoro que tem que ser vivido olhos nos olhos, falando dos seus projetos comuns, conhecendo-se cada vez mais e melhor; ter sempre presente que para que um casamento seja feliz, como nos Diz, o Papa Francisco na Exortação Apostólica “AMORIS LEATITIA” e o nosso Bispo na sua Carta Pastoral “EU VIM PARA SERVIR” são necessárias três palavras: Desculpa, com licença, obrigado.

Referindo-se aos casais divorciados, o Padre Nuno considera que como Cristãos temos de ter uma atenção para com estas pessoas, que muitas vezes conservam a fé e desejam educar cristãmente os seus filhos, como no recomenda o catecismo da Igreja Católica nº.1651.

Não os podemos excluir, afastar ou hostilizar, nesse caso onde estaria o amor para com essas pessoas? Questionou! Se hostilizarmos essas pessoas criamos ilhas à nossa volta e essa não deve nem pode ser a atitude de um cristão, concluiu.

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